Lula e o Crime: Estadão Critica 'Romantização' da Delinquência

Editorial questiona a abordagem do governo Lula em relação ao crime organizado e suas raízes sociais.

Por Jornalista Roberto Neander em 03/11/2025 às 00:52:25

Em um editorial contundente publicado neste domingo, 2 de novembro de 2025, O Estado de S. Paulo lançou duras críticas à maneira como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem lidado com a questão do crime organizado no Brasil. A publicação não poupou palavras ao relembrar declarações polêmicas do petista, como a de que traficantes seriam "vítimas dos usuários" e que a delinquência seria um "reflexo das desigualdades" em uma sociedade capitalista.

O jornal argumenta que essa abordagem sociológica, de certa forma, "romantiza o crime", minimizando a responsabilidade individual e, por conseguinte, enfraquecendo o combate à criminalidade. Para o Estadão, o governo, ao adotar essa postura, acaba por fortalecer ideias socialistas que eximem criminosos de seus atos, como se a sociedade fosse a única culpada por seus desvios.

O editorial também tece críticas àquilo que considera uma inversão de valores, onde o criminoso é visto como vítima e o cidadão honesto como opressor:

"Essa subcultura humanitária não disfarça uma inversão moral: a compaixão pervertida em condescendência" - afirma o Estadão em seu editorial.

Para o jornal, essa visão progressista cultiva o marginal como símbolo de "autenticidade social", humilhando o cidadão comum que paga seus impostos e cumpre a lei. Em contrapartida, o delinquente é alçado à condição de personagem de "resistência", enquanto o trabalhador é visto como mera engrenagem da máquina de opressão.

O Estadão não poupa a esquerda de críticas, acusando-a de fabricar um paradoxo que revela sua hipocrisia: quanto mais se compadece dos criminosos, mais abandona os pobres. A exaltação do crime, segundo o jornal, tem um preço alto para a população mais vulnerável, que vê seus filhos sendo aliciados pelo tráfico e suas comunidades sequestradas por facções criminosas.

Em suma, o editorial do Estadão expõe uma visão crítica e contundente sobre a forma como o governo Lula tem abordado a questão do crime organizado, apontando para o que considera uma "romantização" da delinquência e uma inversão de valores que prejudicam o combate à criminalidade e penalizam a população mais pobre.

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