Em busca de fortalecer o combate ao crime organizado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu nesta segunda-feira (4) a necessidade de endurecer as penas para criminosos que impõem terror e desafiam o Estado. Durante a entrega de unidades habitacionais em Guarulhos (SP), Tarcísio enfatizou a importância de classificar como terrorismo as ações de organizações que erguem barricadas e aterrorizam a população, tema que está em discussão no projeto de lei relatado pelo secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite.
Tarcísio destacou a importância de uma análise conjunta dos projetos em discussão para aprimorar o texto final. "A ideia é que a gente possa pensar um projeto no outro e, a partir dali, fazer o melhor texto", afirmou o governador, mostrando um esforço colaborativo para encontrar a melhor solução legislativa.
O governador de São Paulo expressou sua preocupação com a crescente audácia das organizações criminosas, que frequentemente obrigam moradores e comerciantes a agirem sob sua autorização. Para ele, é inaceitável que o País tolere tais práticas, e defendeu que:
"Quem põe terror à sociedade, quem queima ônibus, quem não deixa o Estado funcionar - porque esses caras afastam o Estado do cidadão - precisa ser punido com toda severidade" - disse Tarcísio.
Além disso, Tarcísio também abordou a questão da reincidência criminal, apontando-a como uma das maiores falhas do sistema penal brasileiro. Ele defendeu a revisão do tamanho das penas, para que o Judiciário considere a gravidade dos crimes cometidos e evite que criminosos reincidentes voltem às ruas rapidamente. Essa proposta visa garantir que o sistema penal seja mais eficaz na proteção da sociedade e na punição de criminosos.
Tarcísio também comentou sobre a união de governadores de direita, explicando que o objetivo do consórcio entre os Estados do Sul e do Sudeste é ampliar a adesão de Unidades da Federação para "dar mais agilidade" ao intercâmbio de informações e garantir que as inteligências atuem de forma integrada. O governador afirmou que há casos de criminosos que atuam em diferentes Estados e que, por isso, "é fundamental que as polícias troquem informações" e colaborem em operações conjuntas.
O consórcio, segundo ele, também permitirá ganhos de escala, com compras coletivas que reduzem custos, além do compartilhamento de bancos de dados e da atuação coordenada entre as forças de segurança. Quanto maior a integração, melhores serão os resultados na segurança pública, e essa é a lógica que orienta o fortalecimento do consórcio. O governador concluiu que a união de esforços entre os Estados é fundamental para combater o crime de forma eficaz e garantir a segurança da população.