Um vídeo divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) na plataforma Twitter/X mostra o momento dramático da queda de um objeto branco, que se acredita ser um avião de transporte militar Il-76. Os destroços encontrados no local confirmam as características do modelo, que tinha como principal função o transporte de tropas, equipamentos e suprimentos em rotas internas no Sudão.
A queda da aeronave ocorreu em um momento crítico, em meio a intensos combates entre as Forças de Apoio Rápido (RSF) e o exército regular sudanês. A situação levanta sérias questões sobre o controle do espaço aéreo e a segurança das operações militares na região.
Canais russos no Telegram trouxeram à tona informações sobre a possível origem da aeronave. Segundo essas fontes, o avião era operado por uma tripulação civil russa contratada e havia sido adquirido no Quirguistão cerca de seis semanas antes, por um valor de US$ 12 milhões. As mensagens também afirmam que a tripulação era composta por cidadãos russos, mas o destino deles permanece incerto.
O perfil Clash Report levantou a hipótese de que a RSF utilizou um sistema de defesa aérea FK-2000, de fabricação chinesa, supostamente fornecido pelos Emirados Árabes Unidos. No entanto, nem a RSF nem o exército sudanês confirmaram oficialmente o tipo de armamento empregado na queda da aeronave. A falta de clareza sobre o incidente aumenta as tensões e dificulta a apuração dos fatos.
Diante desse cenário complexo e cheio de incertezas, é fundamental que as autoridades competentes realizem uma investigação rigorosa e transparente para esclarecer as causas da queda do avião e responsabilizar os culpados. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse caso, que pode ter um impacto significativo na estabilidade da região.